quinta-feira, 8 de março de 2012

A caminho de Nova York

No terceiro dia de nossa viagem, nos despedimos da Cidade do Amor Fraternal, saudosos, e embarcamos num trem da Amtrak  para Nova York. 

Nunca havíamos viajado de trem e seria uma boa chance, já que a viagem em si seria curta devido a distância entre as duas cidades (cerca de 1h20min a viagem). Compramos o ticket on line aqui do Brasil mesmo, pelo site da Amtrak. Muito facil. O site nos fornece um código de barras que precisamos apresentar na estação de trem, ou no guichê, ou nas máquinas de auto-atendimento, para que se possa emitir o bilhete de embarque. Com os bilhetes em mãos, só nos restava esperar (o trem partia as 14h10 e chegamos a estação com uma hora de antecedência). Aproveitei para tirar fotos e fazer umas filmagens, já que estava maravilhado com a beleza do local (o que deu uma certa inveja de não termos estações de trens, aliás, de não termos no Brasil uma malha ferroviária descente para viajar, pelo menos a curtas distâncias). 

Entrada da Estação.
Inseguro, porém, sobre onde embarcar, pedi informações várias vezes as agentes locais. Na hora de embarcar, uma fila se forma diante da escada que dá acesso à plataforma de embarque. Caminhamos para a fila e antes de chegar nossa vez de descer as escadas rolantes, fomos abordados por um dos diversos seguranças que de uma hora para outra tomaram conta da estação. Pediram para me revistar e a minha bagagem de mão (atenção: nem todos os trens têm vagão de bagagem, por isso o ideal é viajar com uma mala de bordo, pois corre-se o risco de ter que despachar sua bagagem e pegar apenas no dia seguinte em NY). Fiquei apreensivo mas percebi que me pegaram para Cristo por conta de uma mala deixada para trás por um garotão que estava sentado perto de nós. O cara simplesmente deixou a mala de lado, com o bilhete para Washington DC pendurado. Talvez acharam que nós éramos seus cúmplices caso ele fosse terrorista. Talvez em tenha levantado suspeitas por estar filmando e fotografando e perguntando direto onde seria o embarque para Nova York. 

Enfim, seja o que tenha sido (não nos deram explicações), nós conseguimos embarcar. Mas no vagão errado. Sim, isso mesmo. Tentando fugir do aglomerado de pessoas que embarcavam num vagão (não há lugares marcados na classe econômica), acabamos entrando no vagão restaurante. Como o trem já tinha fechado as portas e estava pronto para partir, tentamos passar para o vagão da frente pela porta de ligação entre os vagões. Para piorar a situação, a porta atrás de nós se fechara e não conseguimos abrir a que dava par ao próximo vagão. E o trem começou a andar! Quase desesperados, batemos na porta para chamar atenção. Uma passageira solidária entendeu que estávamos presos e conseguiu abrir a porta por dentro para nós (há um macete para isso). Agradecidos e envergonhados, conseguimos assentos e curtimos, enfim, a viagem que é de longe muito mais agradável e confortável do que de avião.

Chegando em Nova York

Desembarcamos na Penn Station, que fica na Rua 34, abaixo do Madison Square Garden.  Ali já nos deslumbramos com as boas vindas da cidade ao som de Frank Sinatra nos auto-falantes da estação. Saindo para a rua já temos o impacto de estarmos em Nova York, com os arranha céus, o trânsito ferrenho, os táxis amarelos e a poluição visual. 

Ao sair da Penn Station, essa é a visão que temos.
A Naked Cowgirl lhe dá as boas vindas na Times Square.

Pegamos o táxi ali mesmo e seguimos para o hotel, a poucas quadras. Os taxistas em NY são bem enfesadinhos e não curtem que puxem conversa não necessária. Por isso, seja paciente e sucinto: diga onde vai e pronto. A tarifa do táxi é cara, por isso evite andar de táxi. Nós só pegamos para ir ao hotel (a acorrida deu US$ 12, pois era perto) e para deixar o hotel e ir para o aeroporto (um assalto na tarifa, mais tarde falo sobre isso!).

Durante o trajeto para o hotel pudemos vislumbrar os prédios, as ruas, as pessoas e sentimos como se já pertencêssemos a cidade, que é praticamente um Rio de Janeiro que deu certo (transporte, segurança, limpeza, organização, cultura e lazer... tudo funciona bem).

Ficamos hospedados no Hotel Carter, no coração da cidade, na esquina da Times Square. Melhor localização impossível. Metrô, atrações, Broadway, tudo pertinho!  O hotel é antigo, como a maioria da cidade, e muito grande. Não é um hotel de luxo. Pessoas no mundo inteiro, inclusive mochileiros, se hospedam ali pelo custo-benefício (diária de US$ 99 e proximidade de tudo). Se você busca luxo e requinte, passe longe do Carter. Mas se for apenas para dormir e tomar banho, seja feliz e economize uma boa grana para gastar na cidade!

Vista de nosso quarto, no 27o. andar.

A recepção do Carter. Imigrants Rules!

Curtam ai o vídeo de nossa viagem de trem e chegada a Grande Maçã!



Dicas:

Amtrak: http://amtrak.com

Hotel Carter (http://hotelcarter.com/)

Independente do hotel em que ficar, peçam andar alto. Os ratos são uma praga em NY, mesmo com toda a estrutura da cidade. Quanto mais alto, menor a chance de se deparar com um deles subindo pelo encanamento...

Metrô e ônibus:
Vai ficar na cidade por mais de quatro dias? Compre um MetroCard. Sim, pode-se percorrer boas distâncias a pé, mas uma hora cansa. O MetroCard permite você andar a vontade tanto de metro quanto de ônibus para cima, para baixo, para um lado e para o outro da cidade pagando muito pouco. O cartão custa US$ 27. Se levar em conderação que a passagem do metrô é US $2,20 (a mesma do ônibus, creio), o valor do cartão se paga em praticamente dois dias se você for passear muito. Acredite em mim: vale a pena!




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